27/05 - CARTOLAS + DINOSSAURO


CARTOLAS

É claro que é rock. Mas não apenas uma brincadeira de amigos que têm baixo, guitarras, bateria e algumas letras escritas num guardanapo usado. É rock bem feito, levado por garotos que gostam e respeitam o passado seminal do estilo, mas não soam ultrapassados. É o rock revigorado da era da troca de arquivos e de experiências, que se permitiu misturar com outros sons e soube assimilar a necessidade de urgência e a energia digital da música eletrônica, e se deixou contaminar pela sagacidade e a perspicácia urbana do hip hop, e sabe se colocar no presente e mirar o futuro enquanto se nutre do passado. 
 
É o rock do tempo do CARTOLAS, dançante, feliz, globalizado, plugado, novo sem soar modernoso, reverencial sem parecer rançoso. Vencedor do festival de bandas nacionais Claro que é Rock, de 2005, que lhe rendeu, entre outros prêmios, um disco produzido no estúdio Toca do Bandido por Carlos Eduardo Miranda, o maior ídolo da cena indie nacional, com auxílio luxuoso de Thomaz Batista, o quinteto está pronto para experimentar novos desafios. E embora tenha na formação três garotos de Canoas, cidade-dormitório da capital Porto Alegre, onde moram os demais, o Cartolas mora mesmo é no Planeta Rock. Há dois anos o CARTOLAS faz um rock alegre e vigoroso e tem a capacidade de mixar Interpol com Kinks com Strokes com Who com Supergrass com Franz Ferdinand numa mesma faixa e pode acrescent ar a influência de ChicoBuarque nas letras, é claro que pode. O Cartolas se leva a sério, mas tem a auto-ironia necessária do rock: Não vai quebrar o meu vinil / que 20 e tantos contos eu paguei / só pra te impressionar, diz a letra de Acusações Baratas; E pitadas de cinismo: Me dá uma dosagem pra próxima viagem () só pra eu dançar mais uma vez, está escrito em Cara de Vilão; E de sinceridade: É muita ligação pra tanta falta de assunto, é um dos versos de O Rabugento; E a dose certa de inadequação, como em House do Melão: Ele foge sem pensar / não encontra o seu lugar; E o frescor indie, estampado na letra de As Mil Garupas: Já dei minha Caloi pra nunca mais lembrar / das mais de mil garupas que te dei; Para embalar letras preciosas que refletem o seu tempo, o Cartolas tem um grupo de músicos que honram a escola gaúcha que freqüentam (o baixista Otávio, os guitarristas André e Christiano, o baterista Pedro), e um vocalista de tamanha personalidade que beira a empáfia em al... momentos. Luciano Flores de Lima tem a dose certa de pantomima que todo garoto que pega num microfone e sobe num palco deveria ter. 

O Cartolas faz rock, claro, mas tem o raro dom artístico de soar pop e melódico e palatável para quem gosta, simplesmente, de música. E ser universal é pertencer ao seu tempo na era pós-Napster. Você acha que viu o nome do CARTOLAS muitos vezes nesse texto? Depois de ouvir o discos dos caras vai ter certeza de que vai ouvir muito mais. CARTOLAS. É claro que vai.
A banda CARTOLAS além de boa banda, ganhadora de diversos prêmios de renome nacional é ainda super bem recomendada por caras como Wander Wildner, que ja esteve no Espaço Oca, Léo Henkin, guitarra do Papas da Lingua, Carlos Stein, do Nenhum de Nós, Guilherme Zanini, correspondente da revista Guitar Player no RS. 



DINOSSAURO

DINOSSAURO é de Criciúma, Santa Catarina e está estrada desde 2006, com seus integrantes na ativa a mais de nove anos, a banda já passou por importantes casas de show do Sul/Sudeste do país. Influenciada pela música dos anos 60, e por bandas de rock contemporâneo, Dinossauro conta hoje com dois trabalhos lançados, o EP "À Galope" e o Single "Sóbria Melodia" veiculado para todo estado de Santa Catarina na rádio Atlântida.

E esses dois showzaços vão estar aqui no Espaço Oca.

Deixo aqui uma canja pra galera curtir um pouco mais das duas bandas.



1 comentários:

Adri! disse...

Vai ser uma noite e tanto!

Postar um comentário